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HISTÓRIA DA CERÂMICA

Utilizando recursos naturais, o homem precisava defender-se dos predadores, dos rigores da natureza e de seus próprios semelhantes. Não demorou a perceber que sua sobrevivência dependia da segurança de criar espaços para seu abrigo.

Com a evolução dos tempos, o homem descobriu diversos materiais e produtos para utilizar na construção, como o tijolo e a telha.

O tijolo e as olarias foram um marco na história da civilização. Ele apresenta uma resistência quase igual à da pedra, resistindo as forças do intemperismo e aos efeitos da poluição, sendo mais resistente que o mármore que é atacado pela chuva ácida e ainda persiste diante dos padrões de estética.

Tijolo queimado - O primeiro uso do tijolo queimado foi na Mesopotâmia, no Ur, há 23.000 anos a.C. A Torre de Babel e as Muralhas da Babilônia foram construídas de tijolos, sendo ainda reaproveitados quando houve a destruição da cidade pelos persas. A pirâmide de Sakara no Egito com forma de degraus, típico da Mesopotâmia, foi também construída com tijolos e com revestimento de pedra; a China já na era moderna, usou muitos tijolos e pedras para fazer sua Grande Muralha.

Na passagem do mundo agrário para o industrial, o tijolo passa ter maior importância ainda, pois o mundo fabril exigia muito mais moradias e conseqüentemente infra-estrutura, e deve-se ressaltar ainda, a irracional exploração das florestas.

Apesar da concorrência do cimento a partir 1950, o tijolo continua sendo um dos mais importantes entre os materiais estruturais.

Telhas, mais jovens. Produto de olaria, a telha, mais jovem que o tijolo, apareceu na Grécia em 430 a.C. Porém no Oriente, Japão e China havia remotos indícios de sua existência. Mantendo suas origens até hoje, classificam-se em curvas e planas. Os romanos introduziram na Europa usando mais a curva, cujo tipo tinha forma de S, amplamente usado no sul europeu, ficando conhecida como telha espanhola. Posteriormente houve um aperfeiçoamento da telha romana, desdobrando o S em dois U que originou a telha portuguesa que por sua vez manteve a derivação latina, chamando-a de telha romana. No Brasil é chamada de colonial, de capa e calha, e de paulistinha as menores. O tipo plano só chegou no Brasil no século XIX vindo da França. Com o passar do tempo as telhas foram recebendo adornos, com complementos decorativos de bronze, mármore e cerâmicas esmaltadas.

O surgimento da produção de cerâmica vermelha no Brasil, seguramente remonta do Período Colonial. Os registros são poucos e imprecisos. Porém, há registros de produção de tijolos, na qual a técnica empregada teria sido trazida pelos Jesuítas para cobrir suas benfeitorias. Na região Oeste do Paraná, as olarias são tão antigas quanto o início de colonização.

MATÉRIA PRIMA
A matéria-prima básica da indústria cerâmica é a argila, um material natural composto por partículas extremamente pequenas de um ou mais argilomineral. (argilominerais são minerais constituídos por silicatos hidratados de alumínio e ferro, podendo conter elementos alcalinos - sódio, potássio - e alcalinos terrosos - cálcio, magnésio).

Na natureza além dos argilominerais, as argilas estão geralmente associadas com outros materiais e minerais, como matéria orgânica, sais solúveis e partículas de quartzo, pirita, mica, calcita, dolomita e outros minerais residuais. Materiais naturais com granulação fina, textura terrosa e comportamento plástico quando umedecidos, em geral recebem a denominação de argila.

Quando queimada em forno, a argila, também comumente chamada de barro, torna-se dura e pouco quebradiça. São muitos os tipos de argila existentes. Algumas são usadas para confeccionar telhas, tijolos, manilhas, vasos de plantas, outras para confeccionar pisos, azulejos, objetos e também a chamada louça branca usada principalmente em banheiros, pias, vasos sanitários, e outras para a chamada cerâmica artística - artesanal - objetos utilitários, objetos decorativos, esculturas e etc. A argila existe em toda superfície terrestre.

Na área de atuação do Sindicer Oeste PR, a matéria-prima é retirada, em sua grande maioria, das baixadas e tem cor acinzentada, antes de transformar-se na cerâmica vermelha que todos conhecemos.